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São Vicente

São Vicente: Comunidade LGBT espera adesão em massa à “marcha pela igualdade e equidade”

A comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Transgéneros (LGBT) espera que a população de São Vicente adira em massa à “marcha de igualdade e equidade” marcada para sábado (29) conforme a presidente da liga.

Esta manifestação, segundo Anita Faiffer informou, em declarações à Agência de Notícias Inforpress, deverá ser de “todos” para que no futuro não exista uma sociedade em que a sexualidade sirva de motivo para a discriminação.

“A escolha sexual não define se uma pessoa é do bem ou do mal, por isso não vejo razão para alguém ser discriminado por ser quem é”, disse a mesma fonte, que conta com uma participação em massa dos mindelenses que poderão provar que “na igualdade não há divisão”.

Esta iniciativa, que está agendada para às 17:00 deste sábado, a partir da Praça D. Luís e percorrendo algumas artérias da cidade do Mindelo, insere-se em mais uma edição do Mindelo Pride, cuja abertura aconteceu nesta segunda-feira com a participação da presidente do Instituto Cabo-Verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Rosana Almeida.

O Mindelo Pride deste ano, segundo a mesma fonte, pretende ter um cunho “mais pedagógico” para “desmitificar conceitos” e “acordar as pessoas para esta causa”.

“Porque normalmente a discriminação vem do desconhecimento, então queremos formar cidadãos com opiniões claras e que possam quebrar estes tabus, que existem na sociedade”, assegurou Anita Faiffer.

Neste sentido, ajuntou, tem agendado conversas abertas em zonas periféricas da cidade do Mindelo e ate mesmo num hotel da cidade para esclarecer os próprios funcionários, quanto a necessidade de se promover a “igualdade e diversidade”.

Também, têm agendado a divulgação de alguns documentários no Centro Cultural Português do Mindelo, sendo um destes o filme “Tchindas”, que fala sobre a comunidade LGBT em Cabo Verde e já ganhou prémios e percorreu algumas salas internacionais.

Com estas actividades, segundo Anita Faiffer, pretendem abrir espaço para um “outro momento”, de conseguir cerca de seis mil assinaturas, através de petição online e presencialmente, para o direito ao casamento gay.

A iniciativa deverá, ajuntou, ser colocada em prática ainda esta semana, tendo em conta que já tem uma proposta de lei elaborada por juristas e que contam levar à Assembleia Nacional “muito em breve”. 

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