A Chefe da Diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, pede que se “evitem quaisquer provocações”, na sequência dos presumíveis ataques a dois petroleiros no mar de Omã, ao largo do Irão.
“A região não precisa de novos factores de desestabilização ou de tensão e, consequentemente, a Alta Representante renova o seu apelo de contenção máxima e para que se evitem quaisquer provocações”, afirmou a porta-voz de Mogherini, Maja Kocijancic – citada pela Lusa.
“Estamos a recolher informações sobre este incidente”, acrescentou.
Dois petroleiros terão sido atacados, quinta-feira, 13, no Golfo de Omã, perto do estreito de Ormuz, segundo a Marinha dos Estados Unidos da América (EUA).
Os navios ficaram em chamas e as tripulações foram retiradas, segundo o armador japonês, de um dos petroleiros.
O incidente é o segundo num mês no estreito de Ormuz e ocorre num momento de tensão acrescida entre o Irão e os EUA.
Ele ocorre, por outro lado, quando o Primeiro-Ministro (PM) japonês, Shinzo Abe, está de visita ao Irão, uma coincidência que o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou suspeita.
“A palavra suspeita não é suficiente para descrever” esses “ataques” contra dois petroleiros “ligados ao Japão, que ocorreram enquanto o PM (japonês) se reunia” com o líder supremo iraniano em Teerão, escreveu na Rede Social “Twitter”, Mohammad Javad Zarif.
A visita de Abe é a primeira de um Chefe de Governo japonês desde a Revolução Islâmica de 1979 e a primeira de um líder de um País do G7, desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, se retirou do Acordo Nuclear.
O Japão é um importante aliado dos EUA e tem um histórico de relações comerciais com o Irão muito profundo, o que torna este País um potencial mediador do conflito entre aqueles dois países.