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Paquistão: Ex-Presidente detido por alegado branqueamento de capitais

O ex-Presidente do Paquistão e viúvo da ex-líder assassinada, Benazir Bhutto, Asif Ali Zardari, foi preso por alegado branqueamento de capitais, após um Tribunal ter recusado prolongar a liberdade provisória de que beneficiava.

Zardari, do opositor Partido Popular do Paquistão (PPP), foi detido em sua casa, em Islamabad, por membros do Departamento de Responsabilidade Nacional, um órgão anti-corrupção, disse à agência de noticias EFE, uma fonte desta agência que falou sob anonimato.

Horas antes, o Supremo Tribunal de Islamabad tinha recusado a extensão da libertação provisória de Zardari e da sua irmã Faryal Talpur, que ainda está em liberdade.

O político e Faryal Talpur, entre outros, estão a ser investigados por uma Comissão que inclui membros da Agência Federal de Investigação e os Serviços de Informação, por ordem do Supremo Tribunal, por alegado branqueamento de capitais.

De acordo com um Relatório da Comissão, o ex-Presidente, juntamente com os seus cúmplices, “branqueou” quarto mil e 200 milhões de rúpias (cerca de 26 milhões de euros), através de 29 contas bancárias, em nome de outras pessoas.

Viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhuto, morta num atentado terrorista, em 2007, Zardari teve problemas com a justiça por casos de corrupção há décadas e cumpriu uma pena de prisão por quase 11 anos, por vários casos.

Zardari, que liderou o País entre 2008 e 2013, negou qualquer actividade criminosa e disse que é alvo de uma investigação politicamente motivada e promovida pelo Partido no poder, o Movimento Paquistanês pela Justiça, do Primeiro-Ministro, Imran Khan.

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