O Presidente do Sri Lanka (PR), Maithripala Sirisena, demonstrou que não tem qualquer intenção de cooperar com a Comissão Parlamentar que investiga os atentados terroristas que ocorreram no País na Páscoa, informa uma fonte governamental.
O PR convocou uma Reunião de Emergência, na sexta-feira à noite, para expressar a sua oposição a essa Comissão, criada para investigar todos os factos relacionados aos ataques de 21 de Abril, que provocou 258 mortos e quase 500 feridos.
Uma fonte ministerial disse à agência de notícias francesa AFP, que o Presidente se recusou a autorizar que qualquer membro da Polícia, Forças Armadas ou Serviços de Informação (SIS) testemunhe diante desta Comissão.
Na manhã de sábado, 8, a Presidência anunciou a demissão do Chefe dos Serviços de Informação, Sisira Mendis, que havia criticado o Presidente, perante esta Comissão Parlamentar, por não ter realizado reuniões regulares sobre a situação de Segurança, a fim de avaliar as ameaças potenciais de radicais islâmicos.
Durante o seu depoimento, com transmissão ao vivo pela Televisão, os trabalhos da Comissão foram interrompidos por ordem do Presidente – disseram fontes oficiais.
O secretário de Defesa e o Chefe de Polícia sugeriram que o Chefe de Estado, que também é ministro da Defesa e do Interior, não seguiu as regras em vigor para lidar com os relatórios dos Serviços de Informação, incluindo as advertências recebidas antes dos ataques de 21 de Abril.
O Presidente tem, consistentemente, negado ter sido avisado de alguma ameaça “jihadista” iminente.
Os ataques de 21 de Abril, que tiveram como alvo igrejas lotadas de fiéis e hotéis de luxo, foram reivindicados por uma organização “jihadista” local e pela organização do Estado islâmico.