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Política

Dia de África: PR afirma na sua mensagem que aos jovens cabe um papel-chave no futuro do Continente

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje ter firme convicção de que cabe aos jovens africanos um papel-chave nas decisões, medidas e acções que “condicionarão decisivamente o futuro de África”.
Jorge Carlos Fonseca fez essa ponderação na sua mensagem alusiva a comemoração do Dia da África, que se assinala a 25 de Maio, data que foi instituído desde 1972 pela Organização da Nações Unidas para assinalar a criação da Organização da Unidade Africana (OUA) em 1963.
Na sua mensagem, o Presidente da República de Cabo Verde indica que este futuro que se almeja para África, constitui um imperativo para todos, mas especialmente para os jovens, a criação de todas as condições para se atingir tal desiderato.
Cabo Verde, segundo sublinhou, tem procurado, através do reforço da sua participação nas lides do continente, assumir o lugar que lhe é devido.
“Simultaneamente, através da consolidação do Estado de Direito Democrático, da promoção do desenvolvimento, e da estabilidade política e institucional, Cabo Verde assume, na prática, que é possível o exercício desses valores no nosso continente”, afirmou.
Não obstante alguns progressos alcançados em vários domínios, a África tem ainda pela frente inúmeros e complexos desafios, decorrentes da multiplicidade de assimetrias do atraso económico, da instabilidade política, do terrorismo que nos últimos anos vem fustigando regiões do Continente e do impacto diversificado das mudanças climáticas, reforçou.
A data, segundo Jorge Carlos Fonseca, assinala também mais um aniversário da União Africana que sucedeu à Organização da Unidade Africana, criada para lutar contra o colonialismo e pelo desenvolvimento do continente.
“Se não restam dúvidas de que o objectivo primeiro foi alcançado, o mesmo não se poderá dizer no que se refere ao processo de desenvolvimento socioeconómico e político, cada vez mais complexo em decorrência dos grandes desafios que o processo de globalização assimétrica acabou por implicar”, acrescentou.
Por outro lado, referiu, há que reconhecer que “nem sempre as políticas levadas a cabo por algumas lideranças africanas foram ou são ajustadas aos interesses das pessoas e dos povos, priorizando interesses mais imediatos de conquista e manutenção do poder”.
Esta realidade, explicou, em grande parte, as mazelas que assolam algumas regiões, com conflitos e instabilidade, não favorecem o desenvolvimento do continente.
No sue discurso, reconheceu ainda que a União Africana tem procurado debelar as situações de conflitos e instabilidade para desfraldar as bandeiras da paz e da democracia, constituindo-se num verdadeiro baluarte desses valores.
“Ela tem trabalhado pela paz, erradicação da fome que, lamentavelmente, continua ainda a assolar alguns países do Continente, contra o terrorismo, a pirataria marítima, e defendido uma economia cada vez mais robusta, diversificada e sustentável”, acrescentou.
Na sua mensagem alusiva a data, Jorge Carlos Fonseca destacou ainda que a “ambiciosa Agenda 2063”, adoptada pela Cimeira da UA em Janeiro de 2015, representa, num horizonte de 50 anos, um desafio homérico que visa realizar um plano de desenvolvimento, a médio e longos prazos, nos Estados membros da União Africana.
Com estas decisões, realçou, a UA almeja a construção de uma África próspera, baseada no crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável, um continente integrado, politicamente unido com base nos ideais do pan-africanismo e na visão do Renascimento da África.
“Uma África de democracia e estados de direito, respeitadora e promotora dos direitos fundamentais e da justiça social. Uma África pacífica e segura, onde o desenvolvimento seja orientado para servir as pessoas, confiando no seu potencial económico e populacional, especialmente a sua juventude”, disse.
Neste dia de “festa e de reflexão”, o estadista cabo-verdiano aproveitou ainda para “saudar, de forma particular e calorosamente, todos os nossos irmãos do Continente que escolheram estas nossas ilhas para viver, pela sua contribuição e participação na construção do meu país e do nosso Continente”.
Em jeito de conclusão reafirmou o seu propósito de tudo fazer, enquanto Presidente da República de Cabo-Verde, para que as relações com todos os “países irmãos” do continente africano sejam consolidadas e elevadas nos planos humano, político, económico e da cooperação.
Inforpress

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