O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) confirmou, novamente, num despacho, que a ex-euro-deputada da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, tem de devolver quase 300 mil euros ao Parlamento Europeu (PE), por uso indevido da verba.
Num despacho datado de terça-feira, 21, e a que a Lusa teve acesso, o Tribunal Europeu rejeitou o recuso apresentado por Marine Le Pen à decisão de 19 de Junho de 2018, que a obrigava a devolver cerca de 300 mil euros pelo emprego de uma assistente parlamentar, por não ter demonstrado a efectividade do trabalho dessa assistente.
“O recurso é rejeitado por ser parcialmente inadmissível e parcialmente infundado”, lê-se na decisão que imputa a Le Pen o pagamento das despesas do processo.
O despacho encerra o processo ao abrigo do qual o PE exige a devolução de 298.497,87 euros, que a ex-deputada ao PE e actualmente candidata recebeu entre Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2016.
O Parlamento Europeu considerou que Marine Le Pen – que foi deputada entre 2009 e 2017 – de não ter apresentado a prova da existência de uma actividade da assistente local ligada efectiva, directa e exclusivamente ao seu mandato.
Marine Le Pen alterou o nome do Partido de Frente Nacional para União Nacional e é, novamente, candidata às Eleições Europeias, que decorrem entre quinta-feira, 23, e domingo, 26, nos 28 Estados-membros da UE.