A Amazónia brasileira perdeu 953 mil quilómetros em áreas que foram desmatadas dentro de unidades de Conservação e terras indígenas que deveriam estar preservadas, nos últimos 30 anos, segundo um levantamento publicado pelo “G1”.
Entre 1985 e 2017, o Brasil desmatou 11 por cento (%) de sua área de florestas. Desse total, 61,5% do desmatamento foi registado na Amazónia.
Com base em imagens de satélite disponibilizadas pelo Projecto Mapbiomas, uma parceria entre universidades, ONG e o Google, os dados usados pelo “G1” indicam que as áreas de protecção que deveriam ser preservadas no Brasil já estão cercadas de territórios desmatados.
Embora as áreas de conservação sofram grande pressão, elas ainda são responsáveis pelas maiores áreas de conservação da floresta amazónica.
Em 1985, as áreas de protecção ambiental e reservas indígenas na Amazónia brasileira representavam 47% da área de floresta. Actualmente, o índice chega a 53%, de acordo com a monitorização de satélite do Projecto Mapbiomas.
Fora das áreas protegidas, a floresta amazónica perdeu 40,8 milhões de hectares para actividades ligadas ao agro-negócio no Brasil.
Pastos para criação de gado e agricultura representam 84% do que se tornou a Amazónia brasileira nos últimos 33 anos, indicou o levantamento.
Actualmente, o Brasil tem 344 unidades de conservação, o que equivalem a 9,1% do território e 24,4% da faixa marinha do país. Grande parte destas áreas está na floresta amazónica.
A sobrevivência das actuais Unidades de Conservação do Brasil, porém, não é certa.
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, declarou à Imprensa brasileira que fará uma revisão das Unidades de Conservação ambiental daquele País Lusófono da América Latina, porque muitas delas foram criadas “sem nenhum tipo de critério técnico” e, por isso, precisa haver um trabalho de revisão.