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Desporto

Futebol: Antigos “Tubarões Azuis” reivindicam reconhecimento

Um grupo de antigos futebolistas internacionais cabo-verdianos solicitou “uma necessária, indispensável e adequada intervenção” do Governo “no processo de reconhecimento” dos atletas, “à semelhança dos que merecerem os músicos”, como forma de salvaguardar a dignidade dos que outrora representaram a selecção.

A informação foi avançada pela Inforpress, na quinta-feira (25), citando uma uma carta endereçada ao ministro do Desporto a que teve acesso. No referido documento, os antigos internacionais cabo-verdianos de referência como Flávio, Zé di Nhana, Silvino “Tchabana”,  Branco e Frutuoso Tavares exortam a uma atenção especial aos futebolistas que outrora “levaram a bandeira cabo-verdiana a muitos países, de forma desinteressada, por amor à camisola/bandeira do país, de forma entusiástica e patriótica”.

O documento relembra que Cabo Verde é sobretudo conhecido pela sua música e pelo desporto, pelo que clama uma atenção em sinal de reconhecimento “àqueles que hoje estão doentes, desamparados a sofrer como Silvino, Dimas e outros, antigos jogadores que outrora representaram a selecção nacional”, inclusive com perda de salários, porquanto “não havia licenças para jogar a bola”.

“Não podemos permitir que volte a acontecer o que aconteceu com os ex-internacionais Cadino, Djack, Djô de Pedra de Lume, Rubom Chiqueiro, todos já falecidos, depois de caírem em desgraça”, lê-se nesta missiva enviada ao governo, mediante o conhecimento do director-geral dos Desportos e do presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol.

Os subscritores, que outrora se destacaram nas selecções e nos clubes como Sporting da Praia, Travadores, Académica da Praia e Boavista nas décadas 80/90, recordam que ainda antes da independência nacional, assim como os músicos, os futebolistas internacionais “têm rompido fronteiras e atravessado mares para ir ao encontro de todos os povos do mundo, sempre empunhando a bandeira de Cabo Verde”.

Países como Portugal, França, Espanha, Bélgica, Holanda, Rússia, Turquia e a diáspora africana, assim como na Ásia são apontados neste comunicado como os locais onde Cabo Verde foi representado pelos internacionais ao serviço da selecção nacional, razão pela qual consideram que  “a verdade velada deve ser valorizada e enaltecida”.

Os mesmos fazem questão de esclarecer que valorizam a forma como “muitos músicos no fim de carreira são mais bem reconhecidos pelo Estado de Cabo Verde, inclusive recebendo uma pensão monetária vitalícia”, pelo que esperam um tratamento idêntico, neste capítulo.

Fonte: Inforpress

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