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Política

Dornier e Guardião operacionais ainda este mês

O navio Guardião e o avião Dornier, ambos da Guarda Costeira, devem estar operacionais até o final deste mês. A garantia foi dada pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Alberto Fernandes, assegurando que as peças para a reparação dessas unidades da esquadrilha naval e aérea chegarão a Cabo Verde ainda esta semana.
O major-general Alberto Fernandes disse ao A NAÇÃO que só na semana passada o Tesouro desbloqueou a verba, que ronda os 750 contos, para a aquisição da peça do instrumento de navegação do avião Dornier, que estava avariado, há algum tempo.
Feito esse desbloqueio de verbas, o montante foi posto à disposição da TACV, que se encarrega da manutenção do aparelho, que, por sua vez, encomendou a peça a uma empresa sedeada em Miami, nos Estados Unidos da América.
Ainda em relação ao Dornier, o chefe do Estado-Maior (CEM) garante que a situação da dívida para com a TACV, resultante da manutenção do avião, já foi resolvida mediante a assinatura de um acordo entre as partes. Para a liquidação da dívida, a TACV passará a utilizar o Dornier para a resolução de problemas pontuais.
PRIORIDADES
O Guardião, que está há já algum tempo na doca da Cabnave, deverá ficar também operacional nos próximos dias. O major-general garante que a peça para a reparação do navio “já está em Cabo Verde”, faltando no entanto alguns vedantes, que deveriam chegar ao país no início desta semana.
Sobre os recursos financeiros e humanos para a operacionalização dos meios navais e aéreos, que vêm constituindo uma autêntica dor de cabeça para as FA, Alberto Fernandes considera que a situação está em vias de ser resolvida. “Depois dos investimentos feitos na melhoria dos quartéis e da qualidade de vida e de trabalho dos efectivos, as atenções vão ser viradas para questões operacionais”, anuncia Fernandes.
Em relação ao problema da tripulação dos navios da Guarda Costeira, o CEM assegura que a questão está a ser resolvida com o processo de formação de novos quadros. “Acabam de chegar dois oficiais com cursos navais e, neste momento, estão mais oito cadetes em formação em Portugal. Pensamos receber um desses oficiais em 2015 e mais dois em 2016”, destaca o CEM.
DOAÇÃO DA CHINA
Alberto Fernandes considera, no entanto, que, com a chegada ao país, em Março próximo, de mais duas embarcações doadas pela China, haverá maiores garantias em termos de programação da manutenção das unidades navais, evitando, assim, vazios, como os registados, agora, com a erupção do vulcão do Fogo.
Os meios navais e aéreos da Guarda Costeira não puderam dar a sua contribuição no apoio às operações decorrentes da erupção vulcânica, mas esta brecha foi colmatada pelo rebocador Damão e pelo avião da Cabo Verde Express, num primeiro momento e, depois, pela fragata portuguesa Álvares Cabral. Em relação aos meios aéreos, o Governo angolano enviou dois aviões, um cargueiro e outro de passageiros para prestar apoio logístico e em eventuais situações de evacuação.
Entretanto, para colmatar a situação de escassez de meios para a vigilância da nossa zona económica exclusiva, Cabo Verde acaba de assinar com Portugal, no quadro da terceira cimeira entre os dois países, um protocolo que permite que a marinha portuguesa passe a fazer, quase que em permanência, o patrulhamento dos nossos mares.
 

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