Juvenal Furtado fez estas acusações em declaração à Inforpress, à margem da reunião quinzenal promovida pelo partido, na Cidade da Praia, considerando que “há um exagero” no que de refere à apresentação dos números, que indicam que houve uma diminuição da criminalidade no país.
“A criminalidade ainda persiste, os números não correspondem a verdade e não diminuíram principalmente na cidade da Praia, temos fontes fidedignas sobre casos que ainda continuam a acontecer e que não estão a ser revelados. Constatamos que há uma tentativa de silenciamento dos profissionais da Comunicação Social, que estão a ser perseguidos”, declarou.
Outro ponto que mereceu análise do PP na sua reunião habitual, segundo este responsável, foi a “propaganda do Governo” sobre a criação de nove mil postos de trabalho por ano e de 45 mil durante o mandato.
Realçou, neste sentido, que há um “falhanço total” porque o executivo quer “ludibriar a juventude” com estágios profissionais, cujo critério “é duvidoso, não satisfaz e nem abrange toda camada juvenil” e “não dá garantias” relativamente à inserção dos jovens cabo-verdianos no mercado de trabalho.
Disse, por outro lado, que o Partido Popular congratula-se com a demissão do ex-presidente da Empresa de Mobilidade e Estacionamento da Praia (EMEP), Mário Fernandes, lamentando, entretanto, que tal decisão tenha sido “tardia”, uma vez que, durante o mandato, as acções do referido presidente “foram sempre ilegais”.
“Congratulamos com a demissão do presidente do EMEP é uma decisão tardia, mas ficamos contentes, mas é pena que essa demissão veio tardiamente porque a vítima das ilegalidades do presidente foi a Procuradoria-geral da Republica”, declarou.
Ainda no decorrer da reunião, ajuntou, o PP abordou a actual situação do mercado de Coco, cujo orçamento previsto era de 350 mil contos, no prazo de um ano, mas que, frisou, passados oito anos “o valor triplicou e não há nenhum sinal” para a sua conclusão.
“Para além da situação do mercado de Coco abordamos também uma questão relacionada com a Câmara Municipal da Praia, que está a perseguir uma moradora de Terra Branca que quer abrir um quiosque na sua zona, mas que a autarquia não autorizou, alegando que não se pode colocar quiosque nos passeios, quando temos muitos quiosques nos passeios”, concluiu.
Inforpress