O presidente do Batuque, João José Cardoso da Silva, negou a existência de “jogadores fantasma” no acordo de preferência com o Sporting, assinado em 2017 durante a presidência de Bruno de Carvalho. Jota, como é popularmente conhecido, falava ao programa, Bola Branca, da Rádio Renascença, na terça-feira (19).
O protocolo prevê o direito de preferência sobre sete jogadores cabo-verdianos, a troco de 330 mil euros. Esta terça-feira, o “Correio da Manha” escrevia que quatro dos sete jogadores não estavam inscritos em qualquer registo oficial.
“O Julmir Silva esteve no Batuque, mas já não está porque em Cabo Verde. O futebol é amador e as licenças são válidas apenas por um ano. Esse jogador está a alinhar no campeonato da Guiné-Bissau. Os outros três, Admirson Soares, Walter dos Santos Waxel e Wildilton Santos Waxel, estão a fazer testes noutros sítios e brevemente saber-se-á para onde vão. Antes, o Sporting pode exercer o direito de preferência se assim entender”, explicou Jota.
Segundo este entrevistado, o protocolo assinado entre as duas equipas em 2017 é válido ate 2022. “O Sporting ficou com o direito de preferência sobre sete jogadores por cinco anos. E continua a ter preferência sobre esses jogadores”.
O presidente do Batuque diz estar “disponível para prestar todos os esclarecimentos às autoridades sobre esse protocolo”. Cardoso da Silva sublinha que o protocolo “foi feito de boa fé. O Sporting cumpriu e o Batuque ainda não porque não foi solicitado mas está disponível para cumprir. Se o Sporting não quer aqueles jogadores, pode escolher outros durante a duração do protocolo”, detalha.
O comportamento do actual presidente do Sporting, Frederico Varandas, é também alvo de críticas de Cardoso da Silva. “O correto seria a actual direcção do Sporting contactar-nos e saber se o protocolo existe ou não, em vez de andar a fazer conferências de imprensa a mandar palpites desnecessários para o ar porque o protocolo existe e foi feito de boa fé”.
A NAÇÃO c/ Rádio Renascença