Mais de 761 mil eleitores da Guiné-Bissau são hoje chamados às urnas para escolher o novo parlamento, numas eleições que visam pôr fim à crise política que o país atravessa há mais de três anos.
Mais de 761 mil eleitores da Guiné-Bissau são este domingo chamados às urnas para escolher o novo parlamento, numas eleições que visam pôr fim à crise política que o país atravessa há mais de três anos. Os eleitores vão poder votar em mais de três mil mesas de voto distribuídas pelos 29 círculos eleitorais da Guiné-Bissau.
As eleições vão ser acompanhadas por observadores internacionais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana e dos Estados Unidos da América.
Entre os 21 partidos políticos que se candidatam às eleições, destacam-se o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas de 2014, e o Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força política do país, mas que esteve no Governo da legislatura que agora termina. Na corrida participa também o Movimento para a Alternância Democrática (Madem), criado há oito meses por um grupo de dissidentes do PAIGC.
A segurança do ato eleitoral vai ser garantida por um efetivo de 6.000 elementos das forças de segurança e de defesa.
As eleições legislativas de hoje visam acabar com a crise política que existe no país desde 2015, quando o Presidente guineense, José Mário Vaz (PAIGC), demitiu o Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro, depois de o PAIGC ter vencido as eleições em 2014 com maioria absoluta.
Durante a última legislatura, a Guiné-Bissau teve sete primeiros-ministros, um dos quais por duas vezes.