A direcção da Escola Secundária Jorge Barbosa (ESJB) espera punição severa, por parte do Ministério da Educação e Desporto (MED), para um dos alunos que causaram distúrbios na escola no último dia 3 de Dezembro. É que esse estudante, além de participar no “pandemónio”, ainda agrediu um colega.
Entre os estudantes que participaram no acto de vandalismo identificou-se, conforme a directora, um caso mais grave de um aluno que no dia seguinte ainda agrediu um colega com um murro na cara. “Decidimos enviar o processo desse aluno, que já é reincidente, para o Ministério para que seja tomado uma medida mais severa”, salienta Filomena Lima.
Uma punição que a direcção da ESJB espera dar seguimento ao processo feito internamente. Isto é, de suspender preventivamente os 10 alunos que estiveram envolvidos nos distúrbios por três dias. Logo depois, o Conselho Disciplinar ouviu-os na presença dos pais e encarregados de Educação e ainda de uma agente do Programa “Escola Segura”, implementado pela Polícia Nacional. Com base nos relatos, esses alunos acabaram por ser punidos com dias de suspensão das aulas, que vão de cinco a oito dias. “Alguns já começaram a cumprir esses dias, que foram interrompidos devido ao período de provas e de avaliação; agora aguardam o segundo trimestre para cumprir o resto da punição”, explica Filomena Lima.
De referir que a maioria dos estudantes envolvidos no “pandemónio“ pertence a turmas especiais compostas por alunos de 17-18 anos que frequentam o sétimo e oitavo anos. Estes, no dia 3 de Dezembro, aproveitaram de um corte de electricidade, acontecido minutos antes das 19 horas para causar distúrbios em que tiveram mesas, cadeiras, papeleiras e cestos de lixos arremessados e ainda vidros partidos. E ainda alguns alunos detidos pela Brigada de Investigação Criminal da PN.
Por isso, Filomena Lima defende uma outra forma de inclusão desses alunos nas escolas. “O Ministério deve repensar essa inclusão escolar, porque muitos desses alunos já repetiram várias vezes e apresentam-se completamente desmotivados, e daí surgem os problemas”, refere aquela responsável que sugere que a educação a esses estudantes passe agora por ofertas formativas.
Diante deste facto e na intenção de combater a violência , a direcção da Escola Jorge Barbosa decidiu, nesta quinta-feira (18), organizar um evento de cultivo à paz, pedindo que todos, desde funcionários, professores e alunos, fossem vestidos de branco. Um evento que ficou coroado ainda pela actuação do Grupo Coral da escola com intenção de passar mensagens de harmonia e tranquilidade.
Distúrbios na escola Jorge Barbosa: Directora espera punição severa do MED para aluno
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