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Cruz Vermelha lança Campanha para denunciar uso de Armas Nucleares

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) lançaram uma Campanha Mundial para denunciar o risco do uso de Armas Nucleares, que alertam estar “novamente a crescer”.

“Neste período de crescente tensão internacional, exorto todos a agir com urgência e determinação para acabar com a era das armas nucleares”, indica Peter Maurer, presidente do CICV, em comunicado – citado pela Lusa.

A Campanha, intitulada “sansarmesnucleaires.org

” (sem armas nucleares) e acompanhada por um vídeo, tem “como objectivo chamar a atenção do público para as consequências humanitárias catastróficas de uma guerra nuclear”, realçam as organizações CICV e FICV.

O CICV e a FICV apelam que “as pessoas peçam aos seus respectivos Governos, que assinem e ratifiquem o Tratado de Armas Nucleares”, pois “o risco de tais armas serem usadas novamente está a crescer”.

Até ao momento, 70 países assinaram este Tratado, enquanto 21 o ratificaram ou aderiram de outra forma.

“Qualquer risco de uso de armas nucleares é inaceitável. O Tratado representa um vislumbre de esperança e uma medida essencial para reduzir o risco de um desastre nuclear”, considera Peter Maurer.

Recentemente, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a suspensão da participação da Rússia no Tratado de Desarmamento Nuclear (INF), em resposta à medida similar adoptada pelos Estados Unidos da América.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (conhecido como Tratado INF – na sigla em inglês) de 1987, colocou fim à crise iniciada na década de 1980 pela instalação de mísseis soviéticos com ogivas nucleares SS-20, apontados para as capitais ocidentais.

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