Modelo desde os 14 anos, Verónica Cabral deu nas vistas após ter realizado o seu primeiro desfile internacional para a prestigiada marca italiana Valentino, em Paris.
Em entrevista ao SAPO Lifestyle, a jovem de 17 anos que se define como uma ‘simples sonhadora’ contou como entrou para o mundo da moda, onde espera ter sucesso.
Natural da cidade da Praia, Verónica Cabral conta que desde pequenina era incentivada a ser modelo por ser alta e magra. Apesar dos elogios, estes atributos nem sempre lhe trouxeram alegria. “Eu era a mais alta da escola. Às vezes, chorava porque os colegas gozavam com a minha altura e chamavam-me de “Avatar””, recorda a jovem e acrescenta que por vezes até ficava com vergonha de andar na rua.
Aos 14 anos, decidiu participar num casting promovido pela agência Vaiss Models na esplanada Kebra Kabana, na Praia. Foi selecionada e desde então contou com o apoio da fundadora da agência a também antiga modelo internacional cabo-verdiana Vanny Reis, que Verónica apelida carinhosamente de ‘segunda mãe’.
Depois do encerramento da Vaiss Models, a jovem diz que foi apresentada pela Vanny aos responsáveis da agência angolana, Da Banda Model Management, e em novembro de 2018 partiu para Portugal onde fez a sua formação.
Foi justamente em terras lusas que surgiu a confirmação de que iria participar na Paris Haute Couture ( Semana de Alta Costura de Paris), que aconteceu em janeiro deste ano.
Segundo a Da Banda, a marca Valentino, liderada pelo diretor criativo Pierpaolo Piccioli, apresentou a sua coleção Haute Couture (Alta Costura) primavera/ verão 2019 na Semana de Alta Costura de Paris num desfile que decorreu no dia 23 de janeiro, no Hotel Salomon de Rothschild.
O desfile para a marca italiana marcou a estreia internacional de Verónica Cabral.
“Nem sei explicar o tamanho da felicidade”, conta a jovem que diz ficar emocionada só de lembrar o momento em que desfilou em Paris. “Agora é ter responsabilidade, seguir em frente e nunca pensar em desistir”.
Atualmente a estudar o 11º ano, Verónica diz agora estar esperançosa que “este seja o início de uma longa caminhada que lhe permita desfilar para grandes estilistas, fazer grandes campanhas e ir conquistando o seu espaço no mundo da moda com muito trabalho e dedicação”.
Questionada sobre como avalia o mercado da moda em Cabo Verde, a jovem lamenta que apesar de existirem muitos jovens que ambicionam ser modelos, muitos desistem porque em Cabo Verde o mercado é pequeno e nem há “condições para levar mais a sério” a profissão, à semelhança de um mercado como o de Paris, por exemplo.
Fonte: Sapo Lifestyle