A exposição de quadros, montada no átrio da Assembleia Nacional, alusiva ao 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia, está a gerar os mais variados comentários, por causa de dois óleos do artista plástico Tchalé Figueira. Para uns, pintura erótica, para outros pornográfica.
A retirada dos quadros da exposição, ontem, sem autorização do seu autor, é classificada por este como sendo um “acto grave de censura”.
A exposição, ao que conseguimos saber, foi montada pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas (MCIC), através do Palácio Ildo Lobo, tendo como curador Manu Preto. A inauguração aconteceu na sexta-feira, num acto presidido por Jorge Santos, presidente do Parlamento, que, no seu discurso, louvou a iniciativa, sem deixar de fora os quadros de Tchalé Figueira, mesmo reconhecendo a delicadeza dos temas estampados.
Aliás, é o próprio Tchalé que contou a este online que Jorge Santos fez um discurso apologista dos quadros, dizendo que via nada de mal neles, acrescentando que no Parlamento francês há também quadros “ousados”.
“Acabo de saber que ontem, domingo, os quadros foram retirados, nem sequer os responsáveis pela exposição foram consultados, não sabendo neste momento onde estão os dois quadros”, disse Tclalé Figueira ao A NAÇÃO. “Ontem os quadros desapareceram, estão algures, para mim esta é uma situação grave, de censura, que não posso admitir”.
A NAÇÃO tentou ouvir algum responsável da AN sobre o assunto, sem sucesso. Logo que for possível daremos conta dessa reacção.