A China não descarta abrir mais bases militares no exterior, caso exista “necessidade”, afirmou um tenente-general das Forças Armadas chinesas, depois de, em 2017, Pequim ter inaugurado a sua primeira instalação militar além-fronteiras, no Djibuti (no Corno de África).
Citado pelo jornal oficial “China Daily”, He Lei, antigo vice-presidente da Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular (ELP), afirmou que a abertura de novas bases vai depender de “dois factores”.
“Esta questão será determinada pela necessidade em prestar melhor apoio às missões da ONU”, afirmou.
“Em segundo lugar, a abertura depende da aprovação do país onde a base está localizada”, acrescentou He Lei, garantindo que, na ocorrência destas condições, “a China pode construir novas bases de apoio no exterior”.
O responsável salientou que a principal função destas instalações é fornecer “apoio logístico” às unidades chinesas além-fronteiras, e não criar uma base para as forças militares do país.
Inaugurada em 2017, a única Base Militar da China no exterior fica no Corno de África e visa “fornecer apoio logístico” às tropas chinesas envolvidas em missões anti-pirataria, operações de paz da ONU e resgates no Golfo de Áden e na Costa da Somália.