O chefe do Governo de Macau, Chui Sai On, defende que o território deve incentivar o desenvolvimento das relações entre Pequim e Taiwan, no sentido de contribuir para a “reunificação pacífica” da China.
“A cidade tem de cumprir o desejo de Xi Jinping (Presidente chines)”, declarou Chui Sai On – citado pela Lusa -, numa palestra por ocasião dos 40 anos da “Mensagem aos Compatriotas de Taiwan”, que reuniu diversos setores sociais, de acordo com um comunicado.
No segundo dia do ano, Xi Jinping reiterou querer uma unificação pacífica com Taiwan, tal como defendido na mensagem emitida pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (Parlamento), em 1 de Janeiro de 1979, mas garantiu que o país não vai abdicar do uso da força para combater os partidos pró-independência da ilha, realçando que a China “vai ser reunificada”.
A China “tomará todas as medidas necessárias” contra “forças externas” e separatistas que se oponham à reunificação pacífica, advertiu Xi Jinping, num discurso dirigido a Taipé.
Um discurso “de grande significado” para Chui Sai On, que permitiu uma “retrospectiva à evolução das políticas” da China em relação a Taiwan, bem como ao “desenvolvimento das relações entre os dois lados”.
Neste sentido, o chefe do Governo de Macau afirmou que a Região Administrativa Especial chinesa vai empenhar-se na cooperação comercial com Taiwan influenciar “o sucesso da concretização do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”.
“Os resultados reflectem que este princípio consegue garantir a defesa de ‘um só país’ e a exploração de benefícios do segundo sistema”, ou seja, a China apoia Macau “ao mesmo tempo que o território mantém um alto grau de autonomia e vantagens geográficas”, defendeu Chui.
Por último, o governante fez uma retrospectiva das relações entre Macau e Taiwan, ressaltando os intercâmbios nas mais diversas áreas, e garantiu que o território vai continuar a “desempenhar o seu papel de ponte e a fazer o intercâmbio entre os dois lados do estreito”.
No sábado, 5, a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, apelou à comunidade internacional para apoiar Taiwan e a sua democracia perante a crescente pressão da China sobre a ilha.
A mandatária considerou as palavras de Xi Jinping como um ataque à democracia e à liberdade de Taiwan e questionou qual seria o próximo país democrático a ser pressionado pela China.