O Governo autorizou a contratação de 850 profissionais de Saúde para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Deste total, 450 são enfermeiros e 400 são assistentes operacionais.
Em comunicado, o Executivo refere que a contratação destes profissionais é o resultado de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e das Finanças.
Estes novos elementos do SNS serão contratados por tempo indeterminado, “na medida em que irão satisfazer necessidades permanentes de serviço, dando resposta, em simultâneo, às necessidades sazonais, ou seja, associadas ao período de inverno e ao surgimento de síndromas gripais e respiratórios”, pode ler-se.
Os procedimentos necessários para efetivar esta contratação serão efetuados “de imediato”, constituindo este o primeiro reforço de recursos humanos para 2019.
O anúncio acontece horas depois de a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) terem enaltecido uma “posição de aproximação” e “abertura de negociação” do Executivo face às suas reivindicações. Apesar disso, ambos os dirigentes pediram mais “compromissos políticos” para que a greve de 14 de janeiro a 28 de fevereiro seja desconvocada.
Em resposta, o Ministério da Saúde demonstrou “disponibilidade para continuar a trabalhar em conjunto com os sindicatos na construção de uma carreira de enfermagem que reflita as preocupações da profissão”.
Recorde-se que os enfermeiros reivindicam uma carreira que contemple a categoria de enfermeiro especialista, além de exigirem uma redução na idade da reforma, reivindicações que estiveram na base da greve em blocos operatórios que levou ao adiamento de milhares de cirurgias entre 22 de Novembro e final de Dezembro.