A Coreia do Norte recusa avançar no processo da desnuclearização se os Estados Unidos da América (EUA) não removerem, primeiro, a sua ameaça nuclear, informou a agência noticiosa estatal norte-coreana, KCNA.
“Quando falamos sobre a completa desnuclearização da Península Coreana, isso significa a remoção de todas as fontes de ameaça nuclear, não só do Sul e do Norte, mas também das áreas vizinhas à Península Coreana”, lê-se no comunicado divulgado pela KCNA.
Na mesma linha de raciocínio, Pyongyang exortou Washington a reconhecer o significado preciso de desnuclearização e a “estudar geografia da maneira correcta”.
“Quando falamos sobre a Península Coreana, isso inclui o território da nossa república e também toda a região da (Coreia do Sul) onde os Estados Unidos colocaram a sua força invasiva, incluindo armas nucleares”, refere o mesmo texto.
Os EUA removeram as suas armas nucleares da Coreia do Sul na década de 1990, quando Seul e Pyongyang chegaram a um acordo bilateral sobre desnuclearização.
O aviso do regime norte-coreano surge numa altura em que as negociações entre Washington e Pyongyang parecem ter estagnado.
Na cimeira histórica realizada em Junho, em Singapura, entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, os dois países concordaram em “trabalhar para a completa desnuclearização da península” coreana, mas até agora os progressos têm sido apenas simbólicos, devido à ausência de um roteiro para o desarmamento.
Para avançar com o processo, Pyongyang tem insistido na remoção das sanções lideradas pelos EUA contra o país.