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Itália:  Governo admite reduzir défice previsto no Orçamento 2019

O vice-primeiro-ministro italiano e líder do Movimento 5 Estrelas, Luigi di Maio, admite reduzir o défice previsto no Orçamento do Estado para 2019 de 2,4 por cento (%) do PIB (Produto Interno Bruto), como pede a Comissão Europeia. “Como dissemos, a questão não são os números, mas os cidadãos. O importante são os objectivos que fixámos, o rendimento de cidadania (subsídio para desempregados), a quota 100 (sistema de reforma) e o reembolso dos lesados dos bancos, que são medidas de que não podemos prescindir”, disse Di Maio, numa entrevista à Radio Radical.

A Comissão Europeia rejeitou, primeiro em Outubro e, novamente, na semana passada, o projecto de Orçamento italiano para 2019, que prevê um défice de 2,4% do PIB, por considerar que a proposta contém um risco “particularmente grave de incumprimento”, e anunciou a abertura de um procedimento por défice excessivo.

Segundo alguns jornais italianos, o Governo de coligação entre o Movimento 5 Estrelas (M5S, esquerda anti-sistema) e a Liga (direita nacionalista) está a avaliar uma descida do défice para 2,1%.

Na semana passada, sucederam-se declarações de Roma de que o Orçamento não seria alterado.

Esta primeira manifestação de abertura surge depois de o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, se ter reunido, no sábado, com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O outro “número dois” do Governo de Itália, o líder da Liga, Matteo Salvini, mostrou-se, também, mais conciliador ao afirmar, numa entrevista à televisão pública RAI, que vai “aplicar-se o senso comum” e que não vale a pena discutir “por 0,1% a mais ou a menos”.

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