Um juiz federal proibiu, temporariamente, a Administração norte-americana, liderada por Donald Trump, de recusar asilo a imigrantes que cruzem ilegalmente a fronteira no Sul dos Estados Unidos da América (EUA).
O juiz, Jon S. Tigar, emitiu uma providência cautelar na segunda-feira, 19, em São Francisco.
Trump emitiu um decreto, a 9 de Novembro, no qual negava asilo à maioria das pessoas que cruza a fronteira, numa resposta às caravanas de migrantes que condenara antes das Eleições de Novembro.
A Administração Trump ordenou que os requerentes de asilo entrassem numa das 26 entradas oficiais da fronteira com o México.
Horas depois, grupos de activistas colocaram uma acção em Tribunal, argumentando que a Lei dos EUA claramente permite que alguém peça asilo, independentemente da sua entrada no país.
Nos últimos anos, dezenas de milhares de imigrantes apareceram no deserto do Arizona ou na margem Norte do Rio Grande, no Texas, rendendo-se a agentes de imigração, pedindo asilo.
O Departamento de Segurança Interna estima que cerca de 70 mil pessoas solicitem, por ano, asilo entre as portas oficiais de entrada.
Trump argumenta que as actuais caravanas, que reúnem milhares de pessoas e que se deslocam em direcção à fronteira entre o México e os EUA, constituem uma ameaça à Segurança Nacional.
Cerca de três mil pessoas que integram a primeira das caravanas em direcção aos Estados Unidos chegaram a Tijuana, México, do outro lado da fronteira de San Diego, na Califórnia.
