A administração da petrolífera angolana Sonangol admite a possibilidade de alienar parte das suas 19 subsidiárias, porque “muitas delas têm custos muito grandes”.
A intenção foi manifestada pelo presidente do Conselho de Administração da Petrolífera estatal angolana, Carlos Saturnino, afirmando que a empresa que dirige pondera, igualmente, “alienar algumas percentagens nas concessões petrolíferas”.
De acordo com Saturnino – citado pela Lusa -, uma parte das subsidiárias da Petrolífera tem facturação, mas também tem custos muito grandes, o que “naturalmente não liberta rentabilidade suficiente, ou que devia acontecer”.
“Vamos reanalisar cada uma delas em separado e, depois, em conjunto. Ou seja, estamos a olhar para a atividade que é necessário realizar e como poderá tornar-se uma mais-valia para o grupo. Daí que tenhamos de emagrecer as subsidiárias”, explicou.
Carlos Saturnino deu a conhecer, igualmente, que, “nos últimos três anos”, a Petrolífera estatal angolana “deixou de cumprir, regularmente, com as suas obrigações financeira nas concessões petrolíferas”.
“Desde Novembro do ano passado que fomos obrigados a fazer uma série de acordos, a pagar uma parte dos compromissos financeiros em ‘kwanzas’, divisas, utilizar uma parte do petróleo que serve para recuperação dos custos e utilizar para ir amortizando esta dívida”, referiu, sem adiantar valores.
“Vamos alienar uma parte que nos permite obter dinheiro fresco, para fazer face a esses compromissos financeiros nas concessões petrolíferas prioritárias, mas também aos compromissos com toda a reorganização do grupo Sonangol com este Programa”, concluiu Carlos Saturnino.