Os quatro jovens chineses vítimas de tráfico humano, por conterrâneos e uma cabo-verdiana, na ilha do Sal, resgatados no final de outubro pela Polícia Judiciária, encontram-se na cidade da Praia sob a proteção da Embaixada da China.
Conforme apurou a Inforpress, as vítimas, duas do sexo masculino e duas do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 16 e 30 anos, foram enviados para a cidade da Praia, onde estão há quatro dias, para melhor segurança e proteção, acolhidos pela Embaixada da China.
Segundo a mesma fonte, estão bem, aguardando seguir viagem “brevemente”, já que se está a ultimar os procedimentos, devendo sair do país através de uma organização internacional, a OIM, uma agência das Nações Unidas, que incumbe de condução das vítimas até o país de origem.
Os dois chineses e a cabo-verdiana, de idades compreendidas entre os 29 e 40 anos, envolvidos nesse crime de tráfico humano, há cerca de um ano, instigaram as vítimas, a virem trabalhar em Cabo Verde, onde teriam uma vida melhor, mas tal não aconteceu.
Durante o tempo que cá estiveram, foi-lhes retirado os respetivos passaportes, vinham trabalhando em condições difíceis, sem salário, e a dormir em armazéns das lojas chinesas, até seu resgate, em finais de outubro, durante uma operação da Polícia Judiciária.
Ainda na sequência do mandado de busca e apreensão efetuada nas residências dos suspeitos, na localidade de Hortelã de Baixo, nos Espargos, foram apreendidos passaportes das vítimas e outras documentações, valores em dinheiros à volta de 1.846.000 escudos, 12.395 euros, e algum montante em moeda chinesa.
Na altura, presentes às autoridades judiciárias o juiz determinou Termo de Identidade e Residência, não devendo sair do país.
Inforpress