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Cultura

Quatro artistas plásticos cabo-verdianos em exposição que homenageia Mário Cesariny

Até 22 de Dezembro pode ser apreciada na Casa da Liberdade Mário Cesariny e na Galeria Perve, em Portugal, uma exposição colectiva intitulada “WRS | Resistence, Revolution and Sunflower (the dreamers effect)”, que pretende refletir sobre as múltiplas guerras, não apenas as bélicas, que assolam a vivência nas sociedades contemporâneas globalizadas.

A exposição abriu portas a 2 de Novembro, no dia em que se cumpriu o 5º aniversário da Casa da Liberdade – Mário Cesariny e em que se assinalaram, também, 12 anos sobre a última exposição do poeta e pintor surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos,  na Galeria Perve,

A Resistência, Revolução e Girassol (o efeito dos sonhadores), na tradução em português, é uma mostra que reúne autores provenientes de diversas latitudes que têm demonstrado, ao longo do seu percurso artístico, uma constante atitude de inquietação perante o estado do mundo e os sucessivos conflitos que nele vão deflagrando. Entre eles estão quatro artistas plásticos cabo-verdianos: Abraão Vicente, Alex da Silva, Tchalé Figueira e Manuel Figueira.

O mote desta exposição partiu inclusive do projeto “War is Stupid” que foi iniciado em 2015 por Tchalé Figueira, autor cujo trabalho, desenvolvido a partir de Cabo-Verde, tem alcançado projeção internacional. A série aqui exposta reúne pinturas de grande dimensão que retratam a visão pessoal deste artista sobre as atrocidades da guerra.

Conforme uma nota da organização, para além da guerra belicista evocada por este autor, a presente exposição procura refletir igualmente sobre as guerras de cariz ambiental, cultural, económico, político e social que “afetam cada vez mais os cidadãos e com efeitos nunca antes vistos, na história planetária, ameaçando profundamente a nossa existência futura”.

Segundo o curador Carlos Cabral Nunes, trata-se ainda de uma “exposição-manifesto” de apoio a todos os brasileiros que “querem permanecer livres e a viver num Estado de direito democrático livre e plural”.

“A mostra procura relevar a esperança necessária em momentos como este, reunindo igualmente um núcleo de obras que visa, precisamente, funcionar como uma luz, no fundo deste túnel onde, subitamente, nos colocaram”.

Além dos cabo-verdianos, estarão expostas obras de: Alberto Chissano (Moçambique); André de Castro (Brasil); Ernesto Shikhani (Moçambique); Fernando Aguiar (Portugal); Jayme Reis (Brasil); Javier Félix (Colômbia); João Ribeiro (Portugal); José Chambel (São Tomé e Príncipe); Mário Macilau (Moçambique); Malangatana (Moçambique); Marya Al Qassimi (Emirados Árabes Unidos); Miguel Huerta (Chile); Suekí (Angola), entre outros.

GC

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