Organizações não-governamentais (ONG) e especialistas pediram à União Europeia (UE) para que passe a lidar as negociações sobre as alterações climáticas dentro da ONU, devido ao fraco envolvimento demonstrado por países como a Austrália e Estados Unidos da América (EUA).
“Esperamos que a UE dê um passo à frente”, disse aos jornalistas Harjeet Singh, activista da “ActionAid International”, no âmbito da conferência sobre alterações climáticas, que se realiza em Banguecoque (na Tailândia), desde terça-feira, 4, até domingo, 9.
“É muito deprimente ouvir as declarações (sobre mudança climática) dos EUA, Austrália ou Nova Zelândia”, disse Singh, que esteve na conferência de imprensa juntamente com outros activistas e especialistas que fazem parte da plataforma denominada Rede para a Acção Climática.
Mais de dois mil delegados, de 182 países e da UE, participam nesta Conferência, que tem como objectivo chegar a um acordo sobre um quadro de orientações e regras para serem aprovadas na Cimeira do Clima (COP 24), que se realiza na Polónia, em Dezembro.
Estas orientações devem ter presentes o Acordo de Paris (2015), que apresenta um Plano de Acção destinado a limitar o aquecimento global a um valor abaixo dos dois graus centígrados, entre outras medidas.
Esta Conferência de Banguecoque é a última oportunidade de avançar as negociações antes da COP 24, após o fraco progresso conseguido na reunião preparatória, realizada em Maio passado, na cidade alemã de Bona.