A construção do aeroporto de Santo Antão, cujos estudos decorrem há dois anos, e ampliação do porto do Porto Novo são dois projectos cuja realização deverá contar com o sector privado, conforme já admitiu o Governo.
Nas recentes visitas a Santo Antão, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, admitiu a possibilidade de o executivo envolver o sector privado, no quadro de uma parceria público-privada, para viabilizar a construção do aeroporto de Santo Antão, já a partir de 2020.
Os estudos técnicos do aeroporto de Santo Antão, que decorrem desde 2016, estão sendo ultimados, prevendo-se, a partir de 2019, a montagem do estudo económico e financeiro do projecto, cujo modelo de financiamento terá de ser “compatível com o contexto macro-económico do país”, segundo o vice-primeiro-ministro.
Com o envolvimento do sector privado na construção do aeroporto de Santo Antão, o executivo pretende evitar que esse investimento, que deverá rondar entre 18 milhões e 20 milhões de euros, possa endividar ainda mais o país.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, partilha da posição de Olavo Correia, afirmando que “o modelo futuro” adoptado pelo Governo na implementação de infra-estruturas aeroportuárias e portuárias no país passará, necessariamente, por parceria público-privadas.
“O modelo futuro de construção, ampliação e modernização dos aeroportos não passa, necessariamente, por investimentos públicos, mas sim por parcerias público-privadas com base em projectos viáveis e fundamentados. O mesmo se aplica aos portos”, escreve Ulisses Correia e Silva, na sua pagina de Facebook.
No caso do porto do Porto Novo, os autarcas santantonenses consideram “crucial” o projecto para o turismo de cruzeiros em Santo Antão e têm a esperança em que o mesmo venha a ser financiado no quadro da Zona Especial da Economia Marítima (ZEEM) de São Vicente.
O chefe do Governo admite que a ZEEM “prevê fortes complementaridades económicas entre as ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau.
Inforpress