O MLSTP-PSD – o maior partido da oposição são-tomense -, vai introduzir no Ministério Público um pedido de inquérito criminal para apurar a denúncia de “corrupção”, por uso “indevido” de 150 mil euros no Banco Central e insta o governo a demitir toda administração, incluindo o governador.
O porta-voz, Arlindo Barbosa num comunicado da comissão politica lido à Imprensa – e citado pela STP-Çress -, revelou que o montante em causa se destinava à queima das antigas notas de “Dobras” – a moeda official – do Banco Central de São Tomé e Príncipe e que teria sido distribuído entre os dirigentes desta instituição financeira são-tomense, para “ compensar actividades que se inserem no âmbito normal das suas funções”.
“Distribuíram entre si, avultadas somas que rondam pouco mais de 150 mil Euros”, denuncia Arlindo Barbosa, tendo sublinhado que “informações postas a circular dão conta de que o governador recebeu cerca de 391 mil ‘Novas Dobras’ (‘NBs’), a vice-governadora 360 mil, os demais administradores 340 mil, o director dos Recursos Humanos 450 mil e a directora do Tesouro, 300 mil ‘Ndbs’”.
“Esta atitude é reveladora de corrupção e violação grosseira das leis”, disse Barbosa, concluindo que “ o MLSTP-PSD vai introduzir no Ministério Público um pedido de inquérito criminal, para apurar as responsabilidades por este desmando vergonhoso” e insta o “primeiro-ministro que demita, imediatamente, todos os responsáveis envolvidos neste escândalo”.
O Banco Central nega as acusações e promete levar o caso ao Tribunal.