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Ambiente

Redução do fluxo de magma pode salvar povoado de Portela – geofísico

O geofísico Bruno Faria, que acompanha desde a primeira hora a erupção do vulcão do Fogo, admite que se continuar a emissão de magma aos níveis de sexta-feira, é “provável” que o povoado de Portela seja poupado.
Cauteloso, no entanto, em relação a uma previsão, o especialista que chefia o Centro de Monitorização dos Vulcões, em São Vicente, explica que a quantidade de lava emitida por unidade de tempo, actualmente, “não é muito grande” pelo que, quando as lavas tiverem que percorrer o caminho até Portela “arrefecem e solidificam-se”.
Depois do agravamento ocorrido na manhã de quinta-feira, acrescentou Bruno Faria, a intensidade dos tremores vulcânicos em Chã das Caldeiras têm estado a diminuir e os sinais recebidos durante o dia na estação meteorológica de São Vicente apontam nesse sentido, para além do facto de a “redução do fluxo do magma” no terreno confirmar esse dado.
“Na sexta-feira registamos apenas um evento sísmico, mas muito provavelmente associado à deformação provocada pelo peso das novas lavas em cima do terreno que ainda não estava completamente solidificado”, explicou a mesma fonte, que informou que as actividades na Chã das Caldeiras agora “resumem-se principalmente” à actividade explosiva.
“Em certa medida é uma boa notícia porque o que nos mete medo em Chã das Caldeiras são as correntes de lava”, precisou.
O geofísico disse ainda que “pelo menos nas próximas horas” nada aponta para um agravamento, “embora tal não signifique que seja impossível”.
“No sábado, de acordo com a evolução dos sinais registados, veremos o que pode acontecer nos próximos dias”, lançou Bruno Faria que prevê que a actividade vulcânica deverá durar cerca de dois meses.
O Pico do Fogo entrou em erupção na manhã de domingo, 23, e as actividades eruptivas mantêm-se até hoje, as quais deixaram para trás um rasto de destruição em habitações e terrenos aráveis, sem contudo provocar qualquer vítima humana.
Fonte: Inforpress

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