Relatório de Fevereiro, um mês antes das Eleições Legislativas, aponta falhas na Ponte Morandi que limitaram em 20 por cento (%) as suas capacidades de resistência. Ou seja, segundo a revista “L’Espresso”, durante seis meses o governo soube que a Ponte tinha problemas de segurança e nada fez.
O antigo governo italiano, liderado, na altura, por Matteo Renzi, tinha conhecimento de que a Ponte Morandi, que colapsou na semana passada, em Génova, causando a morte de, pelo menos, 43 pessoas, estava com problemas.
A informação é avançada pela revista seminal “L’Espresso”, que dá conta de um relatório entregue pela Autostrade per L´Italia, em Fevereiro deste ano, em que é referida a corrosão dos pilares da Ponte, o que contribuiu para que, na altura, 20% da sua capacidade de resistência estivesse condicionada.
A revista italiana refere, ainda, actas de reuniões entre o governo e a concessionária, assinadas por Roberto Ferrazza e Antonio Brencich, nomeados pelo actual governo para a Comissão que vai investigar o incidente. Ferraza foi mesmo eleito presidente desta Comissão, o que tem levantado o problema de conflito de interesses, que o arquitecto nega.
Estas informações, datadas de Fevereiro, mostram que durante seis meses a situação foi conhecida das autoridades, sem que tenham sido tomadas medidas para corrigir as falhas denunciadas.