O ex-presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que irá continuar a defender a “justa causa do povo catalão”, durante uma conferência de imprensa, que marcou o seu regresso à Bélgica.
Puigdemont declarou que a sua viagem “não acaba aqui” e que irá até ao último recanto da Europa”, para defender “a justa causa do povo catalão” e até que sejam colocados em liberdade todos os independentistas catalães que estão na prisão.
Puigdemont disse que demorou “quatro meses e quatro dias” a chegar a Bruxelas, para onde viajava quando foi detido na Alemanha, em cumprimento de uma ordem de prisão europeia, que foi retirada, semana passada, pelo Supremo Tribunal espanhol.
O líder catalão compareceu na conferência de imprensa, acompanhado do actual líder da Generalitat da Catalunha, Quim Torra, assim como de ex-conselheiros que fugiram e alguns novos membros da Generalitat, como Laura Borràs, Jordi Puigneró e Maria Àngels Chacón.
O ex-presidente da Generalitat pediu, também, ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que “faça o trabalho de casa” que deve durante o Verão, para avançar no objectivo de mudar “dos gestos para os factos”.
O cancelamento do mandado europeu de detenção significa que Puigdemont vai continuar em liberdade, mas não poderá regressar, durante 20 anos, à Espanha, onde seria imediatamente detido para responder pelo crime de rebelião, que só prescreve passado este período.
Puigdemont fugiu de Espanha depois de Madrid ter decidido, em 27 de Outubro de 2017, intervir na Catalunha na sequência da tentativa de independência.
O ex-presidente do executivo catalão fugiu, inicialmente, para a Bélgica, mas foi detido, este ano, pela Polícia alemã, quando regressava de carro de uma conferência em que participou na Finlândia.