A possibilidade provocou inquietação entre os países europeus membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que ignoram se Trump está a falar a sério ou a colocar pressão sobre os aliados, antes da cimeira da Aliança Atlântica, marcada para Bruxelas, a 11 e 12 de Julho.
Trump já enviou uma carta a sete Estados a sete membros da NATO, entre os quais a Alemanha, para lhes lembrar os compromissos que assumiram de consagrar dois por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB) às despesas militares até 2024.
Trump critica, com regularidade, o facto de, na sua opinião, Washington pagar uma parte excessiva do orçamento da organização.
A Alemanha, cujas relações com os EUA, se têm deteriorado nos últimos meses, já anunciou que não podia cumprir este objetivo.
Entre as opções em cima da mesa estão um repatriamento de grande parte dos 35 mil militares e a sua transferência, total ou parcial, para a Polónia, um aliado político, que Trump dá como exemplo, por ter atingido aquele patamar dos 2%.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA desmentiu, em comunicado, ter solicitado a análise de uma eventual retirada militar da Alemanha, sublinhando que o Pentágono “examina, regularmente, o posicionamento das tropas e as análises custos-benefícios”.
No texto, assegurou-se que os EUA “continuam empenhados com a Alemanha, nossa aliada na NATO, e com a Aliança da NATO”.
Porém, Trump tem multiplicado as críticas contra a NATO, qualificada de “obsoleta” durante a campanha eleitoral de 2016 e, recentemente, “mais nefasta” do que o acordo de comércio livre dos EUA com o Canadá e o México, que tem criticado.
Os militares norte-americanos têm estado na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial e este país tem-lhes servido de base de retaguarda para as operações em África e no Médio Oriente.
A NATO tem-se revelado crucial para a segurança ocidental desde há décadas.