O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou, esta segunda-feira, 25, em Maputo, o desarmamento da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, fundamental para a manutenção da paz no país, apontando o diálogo contínuo como instrumento para a estabilidade.
Filipe Nyusi defendeu a urgência do desarmamento, desmobilização e reinserção social dos homens armados da Renamo, numa declaração à Nação, na Praça dos Heróis, por ocasião do 43º aniversário da independência nacional, assinalado hoje, 25.
“O desarmamento, desmobilização e reinserção social dos homens armados da Renamo são a condição ‘sine qua non’ para um país democrático, estável e pacífico”, declarou o Chefe de Estado moçambicano, citado pela Lusa, acrescentando que “não há alternativa ao desarmamento, desmobilização e reinserção social do braço armado da Renamo e devem começar já”.
Filipe Nyusi exortou a nova liderança da Renamo a honrar os compromissos assumidos por Afonso Dhlakama, líder do Partido, falecido em 3 de Maio, no sentido de assegurar o desarmamento da organização.
O Chefe de Estado moçambicano manifestou o desejo de que a Renamo esteja desarmada antes da realização das eleições autárquicas de 10 de Outubro deste ano, para que o escrutínio decorra num ambiente de tranquilidade.
Filipe Nyusi apontou a instauração de uma paz duradoura e a estabilidade política e económica como os principais desafios que o país enfrenta, 43 anos após alcançar a independência de Portugal.
“Esta data constitui um marco indelével na nossa história de luta e remete-nos a uma reflexão permanente sobre a Nação que queremos construir”, afirmou o Presidente moçambicano.