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Timor-Leste: Antigo Chefe de Estado indigitado para PM

Taur Matan Ruak foi indigitado Primeiro-Ministro (PM) de Timor-Lest,e pela coligação Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), vencedora das Legislativas de Maio.

Antigo Chefe de Estado e presidente do Partido Libertação Popular (PLP), uma das três forças que integram a AMP, Taur Matan Ruak era o número dois da lista da coligação, atrás do líder histórico Xanana Gusmão, que vai assumir o cargo de ministro-conselheiro do PM.

Fontes da Lusa confirmaram que Xanana Gusmão, que é presidente do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), não vai ter competências formalmente atribuídas no organigrama do Executivo, mas terá liberdade para apoiar todo o Governo.

Fonte da AMP confirmou à Lusa que a indigitação de Taur Matan Ruak já foi enviada para o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, que anunciou, para esta terça-feira, 19, uma ronda de contactos com as forças políticas com assento parlamentar, tendo em vista a “indigitação” do PM.

A expectativa da AMP é que o calendário seja, agora, acelerado e que a tomada de posse do VIII Governo constitucional possa ocorrer ainda esta semana, referiam outras fontes do CNRT e do PLP ouvidas pela Lusa.

Xanana Gusmão terá, juridicamente, o estatuto de ministro de Estado – ainda que isso não figure na sua nomenclatura -, devendo Agio Pereira ser outro ministro de Estado, com a competência idêntica à que tinha no VI Governo, e cuja designação era ministro da Presidência do Conselho de Ministros.

No topo do Executivo estará outra figura do CNRT – o seu secretário-geral -, Francisco Kalbuadi Lay, que será ministro-coordenador e terá a tutela sobre as pastas de Comércio, Indústria, Turismo e Ambiente.

Quinto na hierarquia do Governo será o número dois do PLP, Fidelis Magalhães, que depois de ter liderado na última legislatura a bancada do seu partido passa agora a ter as competências de ministro para os Assuntos Parlamentares e da Administração.

Fonte da AMP confirmou à Lusa que, no passado fim de semana, a composição final do Executivo ainda estava a ser fechada pelos principais líderes.

Ainda assim há já vários nomes confirmados, muitos deles já membros de anteriores executivos, nomeadamente o VI Governo constitucional, ainda que agora estejam em pastas diferentes.

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