O Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP) cancelou o funcionamento do Banco Privado de São Tomé e Príncipe (BPSTP), para “salvaguardar a credibilidade financeira”, garantindo que “os depósitos serão ressarcidos sem custos adicionais”.
De acordo com o governador Hélio de Almeida, a decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do Banco Central, que “deliberou, recorrendo ao cancelamento da autorização para o funcionamento” do Banco Privado de São-Tomé e Príncipe, face aos “sucessivos incumprimentos das disposições que regem o sistema financeiro” são-tomense.
“Todos os depósitos serão ressarcidos aos titulares, sem quaisquer custos adicionais”, garantiu o governador – citado pela Agência STP-Press -, tendo acrescentado que “a carteira regular da instituição será transferida para outras instituições bancárias”, que operam no sistema financeiro nacional.
Na ocasão, De Almeida denunciou os “inúmeros constrangimentos, incluindo a degradação da carteira de crédito”, bem como “falhas graves na gestão”, assim como, a existência de “prejuízos que ascendem a 37 milhões de novas dobras”, como consequência de créditos concedidos “à revelia das normas financeiras”, de entre outras irregularidades.
Esta decisão surge quatro meses depois do Banco Central de São-Tomé e Príncipe, ter anunciado a abertura de um concurso público para “a alienação total ou parcial dos activos e passivos” do BPSTP, com o objectivo de “preservar a estabilidade financeira”.