Ruben Semedo, jogador luso-caboverdiano com quem o Villarreal suspendeu o contrato até que se conclua o processo, continuará preso enquanto decorre a investigação sobre os factos ocorridos em 11 de fevereiro, data em que terá agredido uma pessoa na sua residência, acompanhado por mais dois indivíduos.
Semedo é acusado de tentativa de homicídio, agressão, sequestro, posse ilegal de arma, roubo com violência e ameaças, sendo que a deliberação do tribunal confirma as decisões anteriores, sem possibilidade de novo recurso.
Nos fundamentos jurídicos, o tribunal explica que “as alegações da defesa não desvirtuam os indícios contra o investigado”, além de que o Ministério Fiscal “impugna igualmente o recurso, por entender que não se produziu uma variação nas circunstâncias tidas em conta”.
Segundo a decisão, os delitos alegadamente cometidos pelo defesa português expressam “tanto os indícios de criminalidade contra o mesmo como os fins procurados com a medida”, pelo que pretendem “evitar que o investigado possa atentar novamente contra bens jurídicos da vítima”.
Aquele tribunal aponta para um “abundante panorama indiciário da presumível participação de Ruben Semedo” nos delitos cometidos, pelo que destacam a “perigosidade” do português, que “permite pensar que poderia chegar a atentar contra bens jurídicos da vítima”, uma conclusão tomada perante “a gravidade dos acontecimentos, a presença de vários autores e a violência levada a cabo por todos eles”.
Segundo o Tribunal Superior de Justiça daquela região espanhola, foi ainda tido em conta, além da declaração da vítima, as imagens captadas por câmaras de duas estações de serviço, outras captadas pela comunidade de proprietários da residência de Semedo, e um registo das urgências do hospital sobre as lesões da vítima.
Igualmente tidas em conta foram os registos relacionados com as provas do caso, como a pistola e a corda encontrada com sangue, além de um taco de basebol e um outro de golfe, similares aos descritos pela vítima na declaração policial.
Ruben Semedo está detido desde 19 de fevereiro último, por suspeitas de ter, juntamente com outras duas pessoas, sequestrado um homem a quem, sob ameaça com uma pistola, retiraram as chaves do apartamento, de onde alegadamente furtaram dinheiro e objetos.