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Voleibol prepara quatro centros para alavancar a modalidade

A Federação Cabo-Verdiana de Voleibol (FCV) lança-se no desafio de criar quatro centros de formação para preparar atletas com competências tácticas e teóricas  para o país no futuro. O projecto é impulsionado pelo programa “África Dream”, da Federação Internacional da modalidade, que está a destinar financiamento a quem tem ideias para formatar voleibolistas de amanhã.

O primeiro passo no sentido de dar corpo à ideia de criar os quatro centros será dado a partir do dia 25 de novembro, quando a FCV reunir na Ribeira Grande, Santo Antão, oito monitores para uma formação técnico-científica. São eles que, depois de formados, vão trabalhar futuros atletas, não mais na base do empirismo ou do improviso, como acontece até hoje.

Em quatro dias, os formandos vão receber lições de como organizar técnica e didacticamente os treinos, além de como programar uma época para crianças em fase de envolvimento no voleibol. O seleccionador nacional da modalidade, Orazio Minneci, fará o papel de docente nessa primeira de uma formação que terá mais duas áreas de enfoque. Uma virada para a psicologia de grupo; liderança; comunicação na actividade com crianças e outra que trabalha as problemáticas fisiológicas do crescimento na faixa etária de 8 a 12 anos.

O presidente da FCV, António Rodrigues, explica que este é apenas o início de um trabalho que visa estruturar quatro centros de formação – na Ribeira Grande (Santo Antão), São Vicente, Sal e Praia – onde se pensa preparar os atletas do futuro. “Queremos superar o empirismo na formação de atletas em Cabo Verde e nesses centros, para os quais já temos o material de suporte – bolas, redes, etc-, vamos trabalhar com crianças na faixa etária dos 8 aos 10 anos para que amanhã tenhamos atletas com mais cultura táctica ou técnica”, informa o dirigente.

Rodrigues revela ainda que a ideia é criar, pelo menos, mais quatro estruturas de formação em outros concelhos do país, que prefere designar de derivações. “Ou seja, dependendo da aprovação dos monitores nesta formação, que decorrerá na Ribeira Grande de 26 a 30 de Novembro, podemos pensar nessas derivações para Paul, Assomada, Fogo ou outro concelho; sendo certo que não terão a mesma dimensão dos centros”.

Concluída essa primeira etapa, a FCV pensa convencer, em definitivo, a Federação Internacional que estão prontos a receber os financiamentos do projecto “África Dream”. Isso porque a lógica do “África Dream”, cujos valores destinados a Cabo Verde podem rondar os três mil contos anuais, vai no sentido das federações começarem a trabalhar primeiro para depois receberem financiamentos que fomentem os programas de formação.

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