A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), segundo partido mais votado nas Legislativas de 12 de Maio em Timor-Leste, considera ilegítimo o resultado eleitoral e afirmou ter ocorrido um conjunto de irregularidades e de crimes eleitorais.
O secretário-geral, Mari Alkatiri, garante, porém, que o partido acatará a decisão do Tribunal de Recurso que considerou improcedentes um recurso apresentado pela Fretilin e que deverá, nos próximos dias, validar o resultado eleitoral.
Em conferência de imprensa na sede do Comité Central da Fretilin, em Díli (a Capital daquele País Lusófono da Ásia), Alkatiri considerou que o processo eleitoral ficou marcado por ilegalidades, ilegitimidades e a “violação de todos os princípios da democracia”.
Entre vários “crimes eleitorais e outros” que a Fretilin ainda está a investigar contam-se – disse Alkatiri -, uma “campanha de discriminação religiosa e racial”, o “uso de dinheiro”, “ameaças de terror” e vandalismo.
Mari Alkatiri disse que, além da Fretilin, também o Partido Democrático (PD) – actual parceiro no Governo – e a estreante Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), também foram alvo desta campanha.
Apesar de respeitar a decisão do Tribunal, a Fretilin insiste que “jamais concordará com o teor da mesma” e, como tal, não “reconhecerá legitimidade ao resultado proveniente do apuramento nacional provisório” das eleições, que tem, agora, de ser formalmente validado pelo Tribunal de Recurso.
Mari Alkatiri falava aos jornalistas depois de o Tribunal de Recurso ter considerado “totalmente improcedente” o recurso interposto pela Fretilin, segundo partido mais votado nas eleições de 12 de Maio, por suspeita de várias alegadas irregularidades do processo eleitoral.