A Coreia do Sul vai manter os esforços para melhorar as relações com a Coreia do Norte, apesar do cancelamento norte-americano da cimeira entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-un.
“O nosso governo vai cumprir os compromissos assumidos para aplicar o acordo firmado, no final de Abril, pelos dois dirigentes coreanos, Moon Jae-in, pelo Sul, e Kim Jong-un, pelo Norte, com vista à desnuclearização da península coreana”, disse o ministro da Unificação Sul-Coreano, Cho Myoung-gyon, citado pela agência de notícias Yonhap.
A Coreia do Norte detonou, na quinta-feira, 24, pelo menos três das quatro redes de galerias subterrâneas do centro nuclear de Punggye-ri, na provínvia de Hamgyong do Norte, no Noroeste do país, perante cerca de 20 jornalistas de cinco países: Coreia do Sul, China, Estados Unidos da América (EUA), Rússia e Reino Unido.
O desmantelamento da base aconteceu na sequência do acordo firmado entre as duas Coreias a 27 de Abril passado, no âmbito da “total desnuclearização da península” e coincidiu com o anúncio do cancelamento da cimeira entre a Coreia do Norte e os EUA feito pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Trump cancelou, quinta-feira, 25, a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prevista para 12 de Junho, em Singapura, invocando uma “raiva tremenda e hostilidade aberta” por parte da Coreia do Norte.
Contudo, o regime de Pyongyang indicou continuar aberto ao diálogo com os EUA, depois de o Pesidente norte-americano ter anulado a cimeira entre os dois países, decisão que o regime de Kim considerou “extremamente lamentável”.
Entretanto, Donald Trump afirmou, sexta-feira, 25, que as conversações com o líder da Coreia do Norte ainda se mantêm e que, por isso, ainda existe a possibilidade de o encontro entre os dois líderes se vir a realizar, noticiou a CNN.