O primeiro-ministro (PM) de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, sustenta que o combate aos raptos e assassínios será uma prioridade para o Governo, considerando importante a coordenação com a justiça na luta contra a criminalidade.
“O Governo reafirma o seu compromisso de continuar a priorizar ações que visem prevenir e combater atos criminais, tais como raptos, assassínios e roubos”, disse Carlos Agostinho do Rosário – citado pela Lusa -, falando na Assembleia da República (Parlamento).
Em resposta a perguntas dos deputados sobre a criminalidade no país, o PM apontou, ainda, o reforço da capacidade operativa das forças da lei e ordem para fazer face, de forma eficaz, a todos os tipos de crime que minam o processo de desenvolvimento social e económico de Moçambique.
O combate ao crime, prosseguiu, impõe a coordenação entre os órgãos da administração da justiça e todos os segmentos da sociedade.
O PM moçambicano não respondeu, em concreto, a perguntas das bancadas da oposição sobre o estado das investigações em torno de crimes que visaram figuras com posições críticas ao Governo e à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, nos últimos anos.
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, queria esclarecimentos do executivo em torno das investigações ao homicídio do constitucionalista Gilles Cistac (2015), ao rapto e ferimento a tiro do académico e comentador José Macuane (2016) e ao rapto e espancamento do jornalista e comentador Ericino de Salema (em Março).
Até hoje, os casos continuam por esclarecer.
Além da Renamo, têm assento no Parlamento moçambicano a Frelimo, bancada com a maioria, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido.