Os Jesuítas portugueses observam os cinco anos do pontificado do Papa Francisco como um período “desinstalador”, que leva a Igreja e os católicos a largarem comodismos e olharem para o mundo, por muito que haja resistências à mudança.
“Tem sido um Pontificado que nos tem desinstalado e obrigado a sair do que possam ser os nossos comodismos para estarmos mais próximos da realidade das pessoas, atentos às interpretações do mundo”, disse à agência Lusa, o padre José Maria Brito, da Companhia de Jesus em Portugal.
O que Francisco, eleito Papa a 13 de Março de 2013, pediu ao mundo católico “em termos de mudança de atitudes gera resistências”, admitiu, indicando que “as pessoas e as instituições têm resistências”.
Mas o facto de haver contestação a Francisco “é um sinal de que o que está a pedir é necessário e urgente”, contrapôs o sacerdote.
Para José Maria Brito, a coerência do Papa, que desde a primeira viagem papal a Lampedusa pegou na bandeira dos refugiados, torna-o num líder de referência, num “mundo com tantas divisões e lideranças olhadas com desconfiança”.
O jesuíta afirmou que Francisco manifestou, desde logo, as suas intenções com o “tom informal” com que se dirigiu às pessoas e com a ideia que defendeu junto dos bispos de responsabilizar cada Igreja e comunidade local.