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Estado Islâmico matou mais um refém: Abdul-Rahman Kassig, americano

Um vídeo posto na internet este domingo indica que os jihadistas do Estado Islâmico terão assassinado mais um refém, desta vez o norte-americano Abdul-Rahman Kassig, que foi capturado na Síria há um ano, quando fazia apoio humanitário naquele país. No vídeo, um jihadista com o rosto coberto aparece reclamando a decapitação do cidadão americano, que se tinha convertido ao islão.
O terrorista britânico conhecido por “Jihadi John” exibia a cabeça do norte-americano, mas o vídeo mostrava também várias cabeças decapitadas de soldados sírios, noticia o Guardian. O Daily Mail noticiava este sábado que o terrorista teria dado entrado no hospital esta semana com ferimentos depois de o abrigo subterrâneo onde se encontrava ser sido bombardeado. “Recebemos relatos de que este indivíduo tenha sido ferido e estamos a analisá-los”, disse fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas o primeiro-ministro britânico David Cameron recusa-se, segundo o Guardian, a comentar esta situação.
Peter Kassig, nome original do americano de 26 anos, foi capturado a 1 de outubro de 2013 quando se dirigia para o este da Síria em trabalho humanitário pela organização que tinha criado – Resposta Especial de Emergência e Assistência (Special Emergency Response and Assistance). Em outubro deste ano, quando foi divulgado o vídeo da execução do britânico Alan Henning, a já habitual ameaça era dirigida a Kassig, relembra a BBC. Mas, ao contrário dos anteriores executados, Kassig não falou. “Este é Peter Edwards Kassig, um cidadão norte-americano do teu país. Peter, que combateu contra os muçulmanos no Iraque enquanto servia o exército americano, não tem muito para dizer. Os companheiros de cela anteriores já falaram em nome dele”, disse o executor enquanto se dirigia ao presidente norte-americano Barack Obama.
Os reféns norte-americanos e britânicos são as principais vítimas mortais estrangeiras deste grupo de radicais islâmicos. O objetivo do grupo é angariar dinheiro, mas nem os Estados Unidos, nem o Reino Unido estão dispostos a pagar resgates, por isso os cidadãos acabam por ser executados. Já países como França, Espanha ou Dinamarca viram os cidadãos libertados depois de corresponderem às exigências dos captores.
Os pais de Kassig mostraram há semanas uma carta do seu filho, na qual ele conta pormenores da sua captura. “Esta é a pior coisa pela qual um homem pode passar, o stress e o medo são incríveis. Eles dizem-nos que vocês nos abandonaram, mas claro que nós sabemos que vocês estão a fazer tudo o que podem. Não se preocupem, pai e mãe, se eu cair não irei a pensar nada que não seja o que creio que seja a verdade. Que vocês me amam mais do que a lua e as estrelas”.
Fonte: Observador

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