Um especialista português em medicina disse hoje que Cabo Verde ainda tem muito trabalho a fazer para melhorar o tratamento da diabetes.
Citado pela agência de notícias cabo-verdiana Inforpress, Rui Duarte, presidente da Associação Protectora dos Diabetes de Portugal (APDP), que está em Cabo Verde para participar numa jornada de saúde, disse que a melhoria deverá passar pelos profissionais de saúde, mas também pela informação e educação da saúde da população.
“Existem medicamentos e conhecimentos suficientes para se poder tratar as pessoas, mas também é preciso que a população esteja mais alerta para os problemas que a diabetes pode trazer e para a necessidade de irem mais vezes aos centros de saúde”, disse.
Rui Duarte, que vai proferir o tema “Quando a diabete não é nem tipo 1, nem tipo 2”, recomendou, por isso, que o diagnóstico seja feito mais cedo do que se está a fazer, para prevenir complicações como cegueira e amputações, entre outras.
A primeira jornada de Saúde da Região Sanitária de Santiago Norte enquadra-se no âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala hoje.
Em maio deste ano, um estudo publicado pela revista Lancet, indicou que cerca de 32% dos homens e 44% das mulheres cabo-verdianas são afetados pela obesidade e que o país está entre os com excesso de peso em África.
A pesquisa, que analisou a prevalência de excesso de peso e obesidade em 188 países no mundo inteiro, entre 1980 e 2013, indicou ainda que na camada juvenil cabo-verdiana 11,5% dos rapazes e 18,3% das meninas têm problemas de excesso de peso.
O aumento do número de diabéticos, doença que afecta mais de 400 milhões de pessoas em tudo o mundo, está essencialmente relacionado com o envelhecimento da população – a doença afeta normalmente as pessoas com meia-idade – e aumento das taxas de obesidade.
Fonte: Lusa
Cabo Verde precisa de melhorar tratamento da diabetes – especialista português
Por
Publicado em