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Política

Governo conta com setor privado para viabilizar o aeroporto de Santo Antão

O governo vai envolver o setor privado na construção do futuro aeroporto de Santo Antão, para evitar que esse investimento, que rondará entre 18 milhões e 20 milhões de euros, possa endividar ainda mais o país.
Quem o garante é o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que avançou que o projeto do aeroporto de Santo Antão vi ser “concebido numa lógica de parceria público-privada”, para que  infra-estrutura “não contribua para aumento da dívida pública”.
Olavo Correia falava, este sábado, à imprensa, no Porto Novo, no término de uma visita de dois dias a Santo Antão, região com “muitas potencialidades”, sobretudo a nível do turismo, mas que, no seu entender, “precisa ligar-se às demais ilhas e ao mundo”.
Informou que os  estudos técnicos do aeroporto, que estão a decorrer, estarão concluídos em dois anos, sendo “importante” para o governo que o projecto seja concebido com o envolvimento sector privado que, segundo Correia, está “interessado” em estabelecer com o executivo uma parceria “para viabilizar grandes obras”  em Cabo Verde, nomeadamente no sector aeroportuário.
“Estamos a trabalhar nesse sentido. Vamos deixar que os estudos se concluam e em função disso definiremos o modelo de negócio para viabilizar o aeroporto, que será um marco essencial para conectar Santo Antão ao mundo e criarmos oportunidades para Cabo Verde a partir desta ilha”, explicou o governante.
O executivo, segundo Olavo Correia, está, igualmente, a investir nesta ilha a nível da requalificação urbana e das orlas marítimas, da melhoria das acessibilidades, admitindo que Santo Antão será uma das regiões a contemplar com construção, nos próximos anos, de uma rede de cais de pesca, no país.
Além do turismo, Santo Antão tem ainda grandes potencialidades nos domínios da pesca, do agro-negócio, dos transportes, pelo que a confiança do empresariado local é, também, “fundamental para alavancar a economia” da ilha, no entender do ministro das Finanças.
“O que é mais importante é a confiança dos privados na economia de Santo Antão. O Governo está a trabalhar para criar um eco-sistema que permita aos empresários investirem, a maior prenda que poderão dar a Santo Antão e a Cabo Verde”, notou Olavo Correia.
Questões de financiamento, de fiscalidade, dos transportes marítimos e aéreos estão sendo resolvidas, segundo o ministro das Finanças, que reafirmou ainda o propósito do Governo em criar uma administrarão pública que esteja ao serviço dos empresários.
Durante a sua estada em Santo Antão, este governante apresentou aos empresários da ilha o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e  visitou as empresas nos três municípios.
Inforpress

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