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  Brasil: Lula da Silva nega possibilidade de fugir do país

O ex-Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garante que “a palavra” fugir “não existe” na sua vida, negando rumores de que poderia pedir asilo político noutro país, se a sua prisão for decretada.

“A palavra fugir não existe na minha vida, sou cidadão brasileiro e estou orgulhoso de ser brasileiro”, disse Lula da Silva, numa entrevista à “Radio Jornal” de Pernambuco.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que fugiu “da fome até aos cinco anos de idade” porque as pessoas da região Nordeste do país, como ele, nascem “na miséria” e com “poucas hipóteses de sobreviver”.

Lula da Silva foi condenado, em Janeiro, por três juízes de um Tribunal de segunda instância, que ratificaram, por unanimidade, e aumentaram para 12 anos e um mês a sentença de corrupção passiva e branqueamento de capitais emitida por um juiz de primeira instância num caso relacionado com o escândalo descoberto na petrolífera estatal Petrobras.

Uma decisão preventiva do Supremo Tribunal do Brasil, tomada em 2016, permite que uma sentença comece a ser aplicada quando todos os recursos em segunda instância forem concluídos, mesmo quando houver possibilidade de outros recursos em tribunais superiors. Portanto, Lula da Silva poderá ser preso nos próximos meses.

Dada esta possibilidade, o portal de notícias brasileiro “O Antagonista” publicou no último fim de semana que o ex-Presidente estaria a considerar refugiar-se numa embaixada estrangeira se finalmente a Justiça ordenar a sua prisão.

No entanto, Lula da Silva nega esta possibilidade e declarou, categoricamente, que “enfrentará qualquer situação, com a cabeça erguida”.

O futuro político do ex-chefe de Estado brasileiro também está indefinido uma vez que a lei brasileira proíbe, expressamente, que condenados em segunda instância se candidatem a cargos públicos.

Lula da Silva, que lidera todas as sondagens de intenção de voto realizadas no país, repetidamente manifestou o seu desejo de concorrer às próximas eleições Presidenciais de Outubro, para as quais o PT já lançou a sua candidatura.

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