A produção de milho em Portugal poderá sofrer alguns constrangimentos, já na próxima campanha, devido à falta de água que se tem sentido no país, sobretudo nas regiões a Sul do Rio Tejo.
A preocupação foi partilhada à Agência Lusa por José Luís Lopes, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS), apontando que tal poderá “condicionar as culturas” deste ano.
O líder da ANPROMIS admitiu que, em “termos de preços, os produtores não estão a passar uma fase favorável”, lembrando que “a cultura de milho, pela área que tem, dificilmente é substituível por outras culturas de regadio”.
O sector, que, segundo José Luís Lopes, movimenta por ano, em Portugal, mais de 40 milhões de euros, englobando milhares de produtores e prestadores de serviços indirectos, vai estar em análise, esta quarta-feira, 7, na cidade nortenha da Póvoa de Varzim, no 9.º Colóquio Nacional do Milho.
A iniciativa, organizada pela ANPROMIS, vai reunir vários especialistas nacionais e internacionais do setor para um debate alargado sobre a situação atual da produção de milho e as perspetivas futuras do mercado, debruçando-se, ainda, sobre a ligação com o sector do leite.
Neste colóquio que a Associação vai promover na Póvoa de Varzim, será, ainda, dado a conhecer o resultado de estudo encomendado pelo Ministério da Agricultura sobre “A estratégia para a Produção de Cereais”.