PUB

Cultura

Atlântico Negro: Mais do que uma exposição, um encontro de olhares e emoções

Inaugurou ontem, na cidade da Praia, a Exposição “Atlântico Negro” que une dois artistas que cruzaram o Atlântico e se encontraram em Cabo Verde para celebrar a arte a vida e a resiliência e a beleza das mulheres cabo-verdianas, agora retratadas na experiência que uniu Amadeo Carvalho e Cida Lima. A exposição está patente até ao dia 14 no edifício contíguo à Residência da Embaixada do Brasil em Achada Santo António.

Cinquenta retratos, que mais parecem imagens vivas que comunicam graças à integração de jogos de cores vibrantes e técnicas que deixam transparecer a qualidade e a mestria destes dois artistas plásticos.

Amadeo Carvalho, artista cabo-verdiano com raízes em São Vicente, radicado em Londres,  e Cida Lima uma artista brasileira a residir a alguns anos na cidade da Praia juntam assim a sua arte, os seus olhares e partilha de sentimentos, a partir de experiências e emoções que os dois percepcionam em relação a resiliência e a beleza das mulheres cabo-verdianas.

50 telas que ganham vida

Estas 50 telas, feitas a duas mãos resultam também de uma imersão de pesquisa no terreno e contato com aquilo que é o dia a dia e a força da mulher cabo-verdiana, os seus desafios, os seus ecos, a sua identidade, a esperança e a sua resistência na própria sociedade cabo-verdiana e no contexto histórico daquilo que é a criolidade.

Como retratou a curadora Érica Silva, “Atlântico Negro” é um grito e um abraço, um convite para enxergar além do óbvio, para sentir a mulher cabo-verdiana não como um símbolo abstrato de luta, mas como um ser complexo, vibrante e pleno”.

Como bem retrata a organização da iniciativa com o patrocínio da Embaixada do Brasil, a exposição reafirma o poder do intercâmbio cultural, a valorização da arte como instrumento de diálogo e a promoção de causas que fortalecem a dignidade humana, especialmente num mundo actualmente tão desfragmentado onde se dissipam os valores da humanidade, da união e do respeito pelas diferenças. A arte surge assim, mais uma vez, como um elo unificador e apaziguador.

A exposição está patente até ao dia 14 no edifício contíguo à Residência da Embaixada do Brasil em Achada Santo António, Praia, das 15h às 19h.

Gisela Coelho

PUB

Adicionar um comentário

Faça o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PUB

PUB

To Top