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Santiago

Motoristas da Sol Atlântico protestam por reajuste salarial e ameaçam com greve

Os motoristas da empresa Sol Atlântico realizaram nesta segunda-feira,17, uma manifestação pacífica em frente à sede da empresa, na Cidade da Praia, reivindicando um reajuste salarial. O protesto, segundo o Sindicato da Indústria, Agricultura, Comércio e Serviços Afins (SIACSA), poderá continuar nesta terça-feira, 18, e evoluir para uma greve mais ampla no final do mês caso as reivindicações não sejam atendidas.

O presidente do SIACSA, Gilberto Lima, destacou que os motoristas enfrentam dificuldades financeiras devido aos baixos salários e pedem uma atualização justa da remuneração.

“O nosso protesto é por questões laborais, especialmente pelo reajuste salarial. Os condutores do Sol Atlântico enfrentam dificuldades em suas casas devido ao que chamamos de salário de miséria. Eles recebem 28 mil escudos e, quando se aposentam, ficam com um valor inferior ao salário mínimo nacional. Isso é extremamente injusto”, declarou Lima.

O líder sindical também criticou a alegação da empresa de que não há recursos para aumentar os vencimentos, apontando investimentos em outras áreas.

“Propomos um salário entre 40 e 50 mil escudos. Muitos motoristas estão a emigrar para Portugal em busca de melhores condições, então continuaremos a manifestação na terça-feira e, no fim do mês, faremos uma greve maior”, afirmou.

Empresa responde e justifica política salarial

Em resposta, o administrador da Sol Atlântico, Enrique Duarte, afirmou que a empresa segue a legislação do trabalho e realiza ajustes salariais dentro das suas possibilidades financeiras.

“Pedimos desculpas aos utentes pelo transtorno. Essa manifestação nos pegou de surpresa, mas queremos esclarecer que não temos salários em atraso. Pagamos um 13.º salário, quitado em janeiro, e realizamos reajustes anuais de 3% conforme as normas legais”, explicou.

Duarte ressaltou que os salários seguem uma estrutura fixa dentro da empresa.

“O salário mínimo aqui é de 26 mil escudos, acrescido de 4 mil de subsídio. Quem entra agora recebe 28 mil mais esse subsídio, totalizando 32 mil escudos brutos. Mesmo os motoristas que não fazem turnos continuam recebendo esse benefício”, acrescentou.

A manifestação segue nesta terça-feira, e os motoristas aguardam uma resposta da empresa antes de decidirem sobre novas paralisações.

C/ Inforpress

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