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São Vicente

São Vicente: Concurso para obras do novo mercado de peixe lançado em março

De acordo com o Ministro do Mar, Jorge Santos, o concurso para a execução das obras do novo mercado de peixe será lançado no mês de março e terá um prazo de execução de 18 meses. Já o ex-presidente da APESC, João de Deus, exigiu uma auditoria sobre o dinheiro dos Fundo Autónomo das Pescas e do Turismo utilizado para financiar as obras de requalificação do mercado de peixe em São Vicente, que nunca foram concluídas.

Jorge Santos falava à imprensa após a apresentação do projecto do novo mercado de peixe de São Vicente, inserido num plano de requalificação da área, orçado em cerca de 300 mil contos, financiado pelo Banco Mundial.

Questionado pela Inforpress sobre o gasto do dinheiro público tendo em conta que o mercado será demolido quando já tinha sido alvo de uma requalificação, indicada em Agosto de 2020, que não foi concluída, e que levou o ex-presidente da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc) a pedir uma auditoria, o ministro disse que a requalificação foi uma “intervenção pontual”.

“Muitas intervenções pontuais”

“Este mercado já teve muitas intervenções pontuais. Neste momento estamos aqui a apresentar um novo projecto, portanto, tínhamos que demolir tudo para montar um novo”, clarificou o governante, assegurando que será construído um novo reassentamento no Quintal das Artes para acolher as peixeiras até as obras serem concluídas.

Segundo o coordenador da Unidade de Gestão de Projectos do Ministério das Finanças, Nuno Gomes, o novo projecto contempla a remodelação total do interior do mercado e das zonas adjacentes, nomeadamente, a área de acesso e o cais, agregando outras valências à infra-estrutura das quais uma  parte turística e de restauração.

Também terá bancadas modernas e higienizáveis com água, reciclagem de água, zona de tratamento do pescado, áreas onde os pescadores possam guardar equipamentos e uma zona de armazenamento e conservação do pescado.

Apesc quer saber para onde foi o dinheiro investido

O ex-presidente da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc) começou por parabenizar o ministro por “ter a coragem de dizer que nunca houve projecto para o mercado de peixe” e manifestou o seu descontentamento com a “forma como o povo de São Vicente foi enganado” com a reabilitação do mercado peixe.

O armador de pesca disse que nunca irá perdoar o facto de terem “arrancado com a obra com o financiamento do dinheiro das pescas para reabilitação e a obra nunca ter sido concluída, apesar de todo o sofrimento das colegas peixeiras e dos pescadores desde o dia que a obra de mentira foi lançado com um prazo de execução de três meses”.

“Foi investido o nosso dinheiro sem terminar a obra e queremos saber onde é que o dinheiro está para podermos responsabilizar quem foi o responsável pela derrapagem da obra”, afirmou João de Deus, para quem não se vai permitir este tipo de coisas em São Vicente porque há um Governo que diz ser sério, pelo que quer explicações.

Sobre o projecto apresentado hoje, João de Deus disse que “é uma proposta séria, com todas as valências para a ilha de São Vicente” e que vem trazer exactamente o que discutiu com Suzano Vicente, actual presidente da Apesc, há muito tempo, junto com o Banco Mundial.

Possibilidade de uma auditoria

Sobre a possibilidade de uma auditoria, a mesma fonte disse que se for feito poderá esclarecer  melhor porque o projetco era  mais de três mil e tal contos com financiamento de três instituições.

“O Fundo Autónomo de Pesca entrou com um valor, o Fundo de Turismo entrou com outro e era um projecto dividido em três e a câmara municipal fez trabalhos aqui nos pisos e na zona de tratamento do pescado. Isso foi há três anos e neste momento o mercado será demolido, à excepção da fachada principal, e vai nascer um novo mercado, voltado para o mar, totalmente modernizado”, arrematou.

C/ Inforpress

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