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Educação

Santa Catarina: Liceu Armando Napoleão Fernandes volta a registar agressão entre alunos

Um aluno do Liceu Armando Napoleão Fernandes, em Achada Falcão, Santa Catarina, foi esfaqueado por um colega, na terça- -feira, 21, nas imediações do estabelecimento de ensino. O agressor desferiu três golpes de faca, tendo a vítima, de 17 anos, sido socorrida e transportada ao Hospital Regional Santa Rita Vieira (HRSRV). Casos de agressão entre alunos têm sido frequentes nos últimos tempos e despertado preocupação no seio da comunidade educativa.

De acordo com fontes do HRSRV, o jovem, identificado como Enilson Fernandes Teixeira, residente em Saltos, apresentava três ferimentos, sendo um deles no tórax, o que motivou uma intervenção cirúrgica de urgência. O mesmo já se encontra, entretanto, fora de perigo, segundo informações fornecidas pelas mesmas fontes.

Já o suposto agressor, Liberto Mendonça, também de 17 anos, natural de Pingo Chuva, foi detido pela Polícia Nacional para ser apresentado às autoridades judiciais. Segundo as autoridades, o incidente terá origem num conflito que já ocorria fora do recinto escolar.

Escola lamenta situação

Na ausência do director, que se encontra fora do país, o subdiretor pedagógico do Ensino Básico, Victor Furtado, citado pela Inforpress, lamentou o sucedido e apelou à colaboração de toda a comunidade. “É preciso um trabalho conjunto de todos, com conversas e aconselhamentos, para minimizar os casos de violência, seja na escola ou noutros espaços”, enfatizou o responsável.

Segundo este responsável, o incidente não surgiu no interior do liceu, mas sim nas zonas de residência dos jovens, de localidades vizinhas. “O Liberto já tinha saído das aulas e o Enilson ainda estava de entrada. O agressor esperou-o nas proximidades da escola para consumar o acto”, explicou.

Conflitos fora do recinto escolar

No ano lectivo passado, vários confrontos entre grupos rivais ocorreram na frente do Liceu Armando Napoleão Fernandes, gerando um ambiente de insegurança. O programa Escola Segura da Polícia Nacional chegou a ser acionado, tendo contribuído para dispersar confrontos na via pública e manter a tranquilidade na zona.

Contudo, a comunidade educativa tem manifestado preocupação com a recorrência dessas brigas, que já colocaram em risco alunos e transeuntes. Em Outubro último, alunos como Anilton Varela e Ronice Moreira, ambos do 12.º ano, expressaram o receio de frequentar as aulas devido a estes conflitos.

“Precisamos de mais segurança. Com esta situação, dá medo de vir à escola”, afirmou Anilton, defendendo a presença frequente de agentes da Polícia Nacional (PN) em todo o período de aulas. Para Ronice, a violência entre jovens rivais está a prejudicar o desempenho escolar de quem está no último ano de estudos. “Queremos um ambiente seguro para termos bom aproveitamento”, frisou.

Direcção garante segurança interna

Na altura em declarações à imprensa, o diretor do Liceu Armando Napoleão Fernandes, Antonito Furtado, garantiu que o recinto escolar é seguro, já que a escola dispõe de pessoal de vigilância que controla as entradas e saídas dos alunos. “Estes conflitos acontecem fora do liceu e envolvem grupos rivais, nem sempre constituídos por estudantes daqui”, explicou.

Ainda assim, o dirigente escolar informou que a Polícia Nacional irá reforçar a segurança, sobretudo entre as 17:00 e as 18:00, horário em que mais se têm registado confrontos, com arremesso de pedras e garrafas.

“Tudo o que acontece de negativo à volta da escola acaba por ser associado aos nossos alunos, até porque estamos numa via principal onde circulam pessoas de todo o tipo e fazem-se negócios. É fundamental que a sociedade colabore para evitar estes conflitos”, concluiu o director.

Geremias S. Furtado

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